domingo, 10 de maio de 2009

Web 1.0 e Web 2.0, formas diferentes de conceber o usuário


O início dos anos 1990 foi o marado pela exploração comercial da internet no mundo, e no Brasil a partir de 1995. Daquela época aos nossos dias, uma avalanche de transformações culturais, tecnológicas e de mercado passaram a determinar a evolução na rede mundial de computadores. Controvérsias à parte, Web 1.0 e Web 2.0 são as fases mais conhecidas desse processo em andamento e sem data para terminar. O diferencial entre ambas é a transformação do usuário de mero espectador em protagonista da rede.

Na primeira fase, a Web 1.0, a rede é entendida como uma grande biblioteca virtual para disponibilização de informação, como uma vitrine de produtos, serviços, dados, etc. Por um lado havia uma euforia pela possibilidade da visibilidade e pelo acesso à quantidade de conteúdo; por outro, a maioria dos sites se preocupava em apenas estar na rede sem entender para que e para quem. O espectador era um mero ser passivo.

Mais adiante, a cultura da rede se dissemina de forma planetária, o acesso por meio de banda larga fica mais fácil e novos formatos e dinâmicas de comunicação passam a fazer parte do cotidiano das pessoas. A conversa instantânea vira uma outra maneira de dialogar, tornando próximo os entes distantes de maneira online. O e-mail passa a integrar e facilitar a troca de informação. Comercialmente a rede também passa a ser rentável. De livros a CDs, eletrodomésticos a alimentos, tudo passa a ser vendido de forma online. Com o aumento do acesso, a cultura das novas formas de comunicação e o crescimento comercial, novas tecnologias foram são criadas para facilitar as diferentes trocas na rede. Surgem novas versões de messegers e volpi, os sites aperfeiçoam o designer de suas páginas, os bancos investem em internet banking, os jornais, de modo geral, fazem a transposição (e depois criam versões específicas) dos conteúdos para a Web... Mas o usuário permanece espectador.

Na fase seguinte, Web 2.0, finalmente, a interatividade passa a ser entendida como a principal característica da rede, e ao usuário é possibilitado o poder de interagir, de atuar como um protagonista da grande biblioteca. Enquanto alguns webites passam a ser mais abertos, dando ao usuário a opção de postar as suas opiniões ou colaborar com informações, como os webjornais; outros passam a existir por conta da existência e da produção de conteúdo do usuário. É o caso da Wikipédia, o Youtube e o Flick.

A internet transforma-se em uma grande rede social. A participação vira a essência dessa rede que não tem limite em sua evolução.

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